Cabo Verde tornou-se no primeiro Estado africano a ter um Governo maioritariamente feminino.
Este país de língua oficial portuguesa e parceiro especial da UE passou a ter oito ministras e sete ministros após o primeiro-ministro José Maria das Neves ter anunciado uma remodelação governamental na sexta-feira.
"Eu tinha assumido um compromisso com as mulheres cabo-verdianas de conseguir a paridade. E fiz um esforço para que houvesse um equilíbrio na constituição do Governo. Mas também quero mostrar a força extraordinária que as mulheres de Cabo Verde têm na política e também na vida socioeconómica", declarou José Maria das Neves.
Numa breve entrevista telefónica, o chefe do Governo cabo-verdiano confirmou ontem que a sua intenção também é que o seu país possa ser "uma referência em África, em termos de democracia e governação. Apesar de ser um país pequeno, "Cabo Verde tem de ter coisas novas e procurar estar na linha da frente", disse ainda José Maria das Neves.
As novas ministras que entraram no Executivo cabo-verdiano são Fátima Fialho, na Economia, Janira Almada, na Presidência e Conselho de Ministros, Maria Helena Morais, Justiça, e Vera Duarte, na Educação. Na lista das que já estavam no Governo, mudam de pasta Madalena Neves e Sara Lopes, passando para o Ambiente e Ordenamento do Território. Cristina Duarte mantém-se nas Finanças e Cristina Lima na Defesa. A remodelação feita pelo governante do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde, no poder desde Fevereiro de 2001, visa, como o próprio afirmou, acelerar o crescimento económico, o desenvolvimento e os investimentos externos.
Nos media cabo-verdianos, o primeiro Executivo africano com maioria feminina passou quase despercebido. Um facto explicado pela tradição que a ex-colónia portuguesa, independente desde 1975, tem de integrar mulheres em pastas-chave. Nos últimos anos, a política africana feminizou-se. Ellen Johnson-Sirleaf foi a primeira mulher eleita chefe de um Estado africano, em 2005 na Libéria. Maria das Neves, em São Tomé (2002-04), e Luísa Diogo, em Moçambique (desde 2005), também reflectem a tendência. Em Cabo Verde, a feminização não surpreende, até porque este não é um típico país africano.
Em 102.º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (quarto africano mais bem classificado), tornou-se em Janeiro um país de rendimento médio, muito graças ao turismo.
2 comentários:
Conheço Cabo Verde e a delicia daquelas ilhas com sabor a Africa.
O calor associado a uma brisa constante, noite e dia, permanente.
A música assente no funaná e nos ritmos quentes que nos transportam para uma outra dimensão. A expressão artistica, sobre areia de cores fortes e quentes. A gastronomia, a cachupa e o grogue que nos aquece a alma.
Cabo Verde supreende a cada dia que passa. Renasce e sabe renascer. Na politica, na economia, na parceria com o resto do mundo, Cabo Verde, ganha terreno a cada dia que passa.
Quando quiseres... levo-te lá.
Abraço sempre total
Mary
Venho deixar-te um abraço...e um beijo que te assopro da palma da minha mão.
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