terça-feira, 15 de abril de 2008

HIV - UMA VERDADE AMARGA

A vida é feita de verdades amargas porque as pessoas ficam muito aquém das expectativas que os outros formaram para elas nomeadamente os pais para quem os filhos devem ser sempre bonitos, ricos e bem sucedidos.

Quando as pessoas se casam também acham que o par deve ser o supra-sumo das maravilhas e desiludem-se quando vão descobrindo as suas imperfeições.

Estas pessoas não amam as outras pessoas mas a ideia que formam delas.
Por isso mesmo, porque não as amam, não são capazes de aceitá-las como são e ainda menos se elas caírem nas malhas de doenças e vícios que, no fundo, é como se fossem da sua responsabilidade.

Amigos a quem contar que se está infectado com o HIV?
A quem for capaz de nos amar. A quem não nos olhar com reprovação.
E há pessoas assim. A mobilização que está a ser feita pelo SIDADANIA é disso a prova.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

MULHERES DISCRIMINADAS EM TODO O MUNDO

As mulheres são discriminadas, em maior ou menor medida, nas legislações de quase todos os países do mundo e as promessas para alterar esta situação não são cumpridas, conclui um relatório das Nações Unidas divulgado esta sexta-feira e citado pela agência Lusa.

As leis discriminatórias para com as mulheres são "ainda numerosas", afirmou esta sexta-feira a especialista Fareda Banda, autora de um estudo elaborado para a Alta-Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), Louise Arbour.

Segundo a especialista, a violação no matrimónio continua a não ser punida por lei em pelo menos 53 países, fazendo com que os homens continuem a beneficiar de impunidade total em relação aos abusos físicos e sexuais cometidos.

No documento, Fareda Banda destaca também que em muitos Estados a transmissão da nacionalidade aos filhos só pode ser efectuada por via masculina, lamentando que os compromissos assumidos nas conferências internacionais sobre a mulher «não sejam respeitados».

As mulheres representam, segundo o relatório, cerca de 70 por cento dos pobres em todo o Mundo, sendo que dois em cada três menores sem acesso a educação são do sexo feminino.

Entre as várias situações de discriminação legal, o documente refere, por exemplo, que em muitos países as mulheres casadas não podem usar o sobrenome de solteira, estão em desvantagem no divórcio ou carecem de liberdade de movimento a menos que sejam acompanhadas por um homem da família.

O mesmo relatório da ONU indica ainda que as mulheres são proprietárias de apenas um por cento das terras agrícolas e em muitos países não têm direito à propriedade nem a serem herdeiras.

A autora do estudo pede no documento que o Conselho de Direitos Humanos da ONU crie o cargo de relator especial sobre a discriminação legal das mulheres.

Numa declaração em virtude da comemoração do Dia Internacional da Mulher - que se comemorou em Março - a Alta-Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, afirmou que o fracasso em criar uma igualdade real perante a lei entre homens e mulheres nas áreas sociais, económicas e políticas «tem efeitos nefastos e às vezes devastadores para as mulheres em alguns países».