O presidente da Câmara de Tavira, Macário Correia foi constituído arguido por alegado assédio sexual a uma jurista da autarquia.
Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, Macário Correia, 49 anos, é arguido desde Dezembro passado por alegado crime de abuso sexual, na sequência da formalização de uma queixa por parte da chefe dos serviços jurídicos da autarquia, Teresa Sequeira, 43 anos.
Segundo o jornal, o autarca foi ouvido a 18 de Dezembro, da parte da tarde, depois da queixosa ter sido ouvida logo de manhã. Macário Correia abandonou as instalações do Ministério Público de Tavira já na condição de arguido.
Teresa Sequeira, licenciada em Direito e chefe de serviço da câmara, alega que Macário Correia, com a sua conduta, terá praticado os crimes de «maus tratos», «coacção sexual», «difamação e injúria» pela «forma pública e caluniosa», sendo que estes são agravados «porque cometidos contra funcionário/a, no exercício das suas funções».
A advogada da queixosa, Vera Thellier, sustenta que os alegados crimes terão sido perpetrados «todos na forma continuada», pelo que poderá ainda estar em causa um «crime de abuso de poder porque os factos foram praticados no exercício das suas funções e por causa daquelas, o que não teria sido possível se o denunciado não dispusesse do cargo que ocupa».
O Diário de Notícias adianta que, na sequência das suspeitas que recaem sobre si, Macário Correia solicitou em Novembro uma junta médica da ADSE para avaliar a condição psiquiátrica de Teresa Sequeira.
A 26 de Dezembro, uma nota da secção Sul da ADSE diz que a alta funcionária da Câmara de Tavira está «incapaz» para trabalhar, mas refere expressamente que Teresa Sequeira «não indicia perturbação psíquica», como terá alegado o autarca.